26/11/2007

Global Innovation Exchange - Resumo III

A última palestrante do Global Innovation Exchange foi Cheryl Perkins, fundadora da InnovationEdge e ex-diretora de inovação da gigante Kimberly Clark. Na sua excelente apresentação, ela focou no que as organizações precisam fazer para abrir caminho para a inovação e observou algumas estruturas organizacionais que parecem funcionar particularmente bem: conselhos de inovação, comunidades de práticas e conselhos.
Inicialmente, Perkins explicou como os conselhos de inovação e as comunidades de trabalho prático funcionam na Hewlett-Packard. Eles têm escopos amplamente horizontais dentro da companhia, abrangendo desde múltiplas e diversas unidades de negócios a incubadoras dentro da empresa. Isso permite que os líderes de inovação espalhados por toda a HP possam compartilhar práticas, experiências e processos, além de ajudar a alinhar seu trabalho. Esse tipo de estrutura também ajuda a fazer da inovação um valor nuclear para a organização.
A Kimberly Clark, ex-empregadora de Perkins, utiliza juntas de diretores para conduzir com segurança o fluxo de novos produtos e inovações de mercado. Essas juntas são compostas pelos líderes de inovação da empresa e por experts externos, que ajudam a companhia a identificar oportunidades de negócio. Esses experts ainda ajudam a companhia a identificar áreas de risco nas tecnologias emergentes. Perkins relatou que os membros desses grupos eram todos diretores – de inovação, de marketing, financeiro, e outros. Os experts externos precisam ter de 20 a 25 anos de experiência em sua área de atuação para serem convidados a participar de uma junta.
Nessa era de mercados efêmeros, outro modelo de inovação apareceu, consolidado pela Nokia. Perkins explicou como a Nokia formou o Innovent Group, cujo objetivo é identificar companhias e tecnologias que possam ameaçar seu negócio. O objetivo é se aproximar dessas “ameaças”, ajudando-as a desenvolver seus planos de negócio e estratégias de entrada no mercado e, em alguns casos, investindo nessas start-ups ou adquirindo-as. Ao investir ou fazer-se parceira dessas empresas, a Nokia pode então observá-las de perto, evitando problemas futuros.
Perkins também falou muito sobre abrir espaço para a inovação e encorajou os ouvintes a observar de perto as redes de relacionamento e os ecosistemas onde fazem negócio – parceiros, revendedores, clientes, concorrentes e outros grupos de pessoas e companhias que estão, de uma forma ou de outra, envolvidas no seu negócio. Ela recomendou olhar além do tangível (produtos) e observar o intangível (marcas e ativos humanos) para procurar por novas oportunidades de negócio.
Há coisas que você tem, faz ou sabe que os outros querem ou valorizam. Procure por oportunidades para criar oportunidades ganha-ganha com elas. Ela acrescentou que, usualmente, formar parcerias criativas com outras organizações é capaz de mudar a cultura muito mais depressa do que muitos dos esforços internos empreendidos para firmar o compromisso da empresa com a inovação.

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