26/09/2007

Você conhece o seu negócio? Princípios de Gestão do Conhecimento


By Edilberto F. Leão
Gerente Comercial Quantum

Como a sua empresa produz conhecimento? Como esse conhecimento é disseminado, compartilhado, usado, compreendido?
Existem formas de identificar se esse conhecimento e estratégico para a empresa? E se for, existem maneiras de validá-lo, de protegê-lo, de transmiti-lo?
Se você não soube responder a algumas ou a todas as perguntas acima, provavelmente é porque sua empresa não trabalha com o conceito de gestão do conhecimento. Se esse for o caso, cuidado. Investir em Gestão do Conhecimento pode ser algo bastante estratégico e, a longo prazo, imprescindível para o crescimento do seu negócio.
Mas o que é, o que significa exatamente Gestão do Conhecimento? Para entendermos melhor, podemos começar avaliando o que é conhecimento.
Se você tem uma informação, mas não sabe o que fazer com ela, você não tem conhecimento. Se você tem uma informação e sabe o que ela significa, sabe que impactos ela pode causar e o que deve fazer para controlar, evitar ou ampliar esses impactos, você tem conhecimento.
Ou seja, só obter informações não é suficiente. A informação deve ser utilizada para embasar ações planejadas e tomadas de decisões. Se você sabe como um determinado meio (sua empresa, por exemplo) reage a determinadas informações (alta de juros, por exemplo), você pode antever as mudanças e se posicionar de forma a obter vantagens e ser bem sucedido em seus objetivos.
É claro que, dentro de toda empresa, circula uma quantidade imensa de informações, e de conhecimento. A cada instante, algum colaborador toma decisões baseado em sua experiência, em sua visão de mundo, em seu conhecimento adquirido. Como fazer com que essas decisões sejam as melhores possíveis, como garantir que elas compartilhem do objetivo maior da empresa (ou seja, crescer)? Esse é o objetivo principal da Gestão do Conhecimento. Mas há outros:
  1. Tornar acessíveis grandes quantidades de informação corporativa, compartilhando as melhores práticas e tecnologias;

  2. Permitir a identificação e mapeamento dos ativos de conhecimento e informações ligados a qualquer organização, seja ela com ou sem fins lucrativos (Memória Organizacional);

  3. Apoiar a geração de novos conhecimentos, propiciando o estabelecimento de vantagens competitivas.

  4. Dar vida aos dados tornando-os utilizáveis e úteis transformando-os em informação essencial ao nosso desenvolvimento pessoal e comunitário.

  5. Organizar e acrescentar lógica aos dados, de forma a torná-los compreensíveis.
Para que tudo isso aconteça, portanto, são necessárias práticas de gestão coordenadas em prol desses objetivos. O conjunto dessas práticas é o que chamamos de Gestão do Conhecimento. Resumidamente, podemos dizer que a Gestão do Conhecimento é um processo sistemático, articulado e intencional, apoiado na geração, codificação, disseminação e apropriação de conhecimentos, com o propósito de atingir a excelência organizacional.
Como esse processo é complexo, dinâmico e permanente, a utilização de ferramentas de apoio, como o HD-3, por exemplo, é essencial para o sucesso da empreitada. No entanto, não adianta só adquirir o software e esperar que os resultados apareçam, como em outros projetos organizacionais, é preciso que toda a empresa compre a idéia, modifique seus paradigmas, invista nesse que é um dos mais seguros caminhos para o crescimento: o auto-conhecimento.
Sim, porque gestão do conhecimento significa principalmente isso, auto-conhecimento. Se sua empresa não se conhece o suficiente, como pode crescer? Fica a pergunta.
Em breve retomaremos esse tema, discutindo as principais "etapas" de um projeto de gestão do conhecimento. Aguarde.

24/09/2007

Developer´s Day

Os desenvolvedores de TI agora têm um evento só para eles, é o Developer´s Day. O evento acontecerá no dia 04 de outubro desse ano e está sendo promovido pela Assespro-MG.
Durante todo o dia, haverá palestras sobre tendências e informações técnicas do universo de desenvolvimento de sistemas. Os temas são muito interessante, confira a grade aqui, ou no site do evento: http://www.developersday.com.br/. Até o dia 29/09, os ingressos saem por R$ 60,00 (estudantes) e R$ 120,00 (profissionais).
O encontro vai reunir desenvolvedores, analistas de negócios, analistas de sistemas, arquitetos, coordenadores e gerentes de TI, não é uma ótima idéia?

19/09/2007

ExpoMoney

Já estão abertas as incrições para um interessante evento para executivos, o ExpoMoney, um evento de educação financeira e investimentos que pode enriquecer sua relação com o dinheiro, com o planejamento financeiro (pessoal e corporativo) e com as diversas opções de investimento do mercado atual.
O evento acontece em São Paulo, entre 26 e 29 de Setembro, no Centro de Convenções Frei Caneca.

18/09/2007

Aprenda outros idiomas pela web!


O blog MeioBit postou uma ótima dica, que pode ser muito interessante para os executivos, que vivem sem tempo para nada e não saem do computador. É um sistema de aprendizado de idiomas que usa atividades práticas, muita conversação e pode ser acessado pela web - o LingQ!


No ambiente do LingQ, é possível realizar atividades de leitura, audição, redação e conversação (com Skype). A maioria das atividades é gratuita, mas para participar das práticas de conversação via Skype é necessário comprar pontos através do PayPal.


Os idiomas disponíveis são: inglês, russo, alemão, francês, sueco, espanhol, italiano, português e japonês.



17/09/2007

Empresas participantes do G2 apresentam benefícios do MPS.BR

Em workshop realizado na FUMSOFT, o segundo grupo (G2) que busca a qualificação mostrou resultados parciais que confirmam a melhoria do processo de desenvolvimento de software.

Cada vez mais empresas mineiras atestam os benefícios do programa de Melhoria de Processo do Software Brasileiro (MPS.BR). A conclusão foi apresentada na última sexta-feira (24 de agosto) por oito empresas que participam do segundo grupo que busca a qualificação. O workshop de exposição dos resultados parciais foi realizado no auditório da FUMSOFT – Sociedade Mineira de Software, que, por meio do Centro de Competência em MPS.BR e CMMI (CCOMP.MG), gerencia a implementação do programa.
A reunião contou com a presença de vários empresários e colaboradores das empresas participantes. De acordo com o coordenador do CCOMP.MG, Carlos Barbieri, a avaliação do encontro foi positiva. "As empresas, claramente, sentiram a vantagem de observar seus pares, nos seus problemas comuns e nas soluções desenhadas, ficando evidenciado que o tamanho do desafio é o mesmo para todos", analisou. O segundo grupo iniciou o processo no fim do ano passado e terminará no começo de 2008.
A Quantum Tecnologia e Gestão Empresarial vem aplicando o processo em novos projetos e as diferenças são facilmente percebidas. "O cliente já está sendo integrado à maneira institucionalizada de desenvolver o software", afirmou o proprietário da empresa e presidente da FUMSOFT, Welington Teixeira Santos. A Quantum possui atualmente 40 colaboradores, que, segundo o coordenador Fernando Moreira, estão integrados às novas ferramentas.
O gerente da iPixel, Fábio Moreira Campos, também confirma que os reflexos da implantação do MPS.BR podem ser vistos no ambiente externo. "Os clientes estão mais satisfeitos com uma proposta bem elaborada e um desenvolvimento sistematizado", observou. Segundo Campos, a empresa aprendeu a importância do ciclo de vida para os projetos, do processo claro e definido para o desenvolvimento de software e de aliar as competências da equipe ao processo, entre outras lições.
A Quantum, a iPixel, a e-Service, a LinkCom e a Pentagrama pleiteiam o nível G do MPS.BR, juntamente com as duas empresas públicas do município e do estado, Prodabel e Prodemge. No segundo grupo, apenas a TechBiz busca o nível F da qualificação. O programa tem duração de 15 meses. O primeiro grupo, formado por dez empresas, foi certificado em julho deste ano e colocou Minas Gerais na liderança nacional em melhoria dos processos de desenvolvimento de software.
O MPS.BR é um programa brasileiro de qualificação e certificação de empresas em processos de melhoria de qualidade. Ele atesta a qualidade dos processos de desenvolvimento, manutenção, engenharia e aquisição de software em uma empresa, a um custo muito inferior ao similar internacional, o CMMI (Capability Maturity Model Integrated). Outras informações podem ser obtidas na FUMSOFT pelo e-mail ccomp.mg@fumsoft.softex.br ou pelo telefone (31) 3284-9164.

Fonte: Fumsoft - Comunicação e Marketing
[http://www.fumsoft.softex.br/fum_noticias.shtm#4]

13/09/2007

Gestão do Tempo - o problema da prioridade

Nosso mundo é um mundo de excessos. Excesso de informação, excesso de entretenimento, excesso de trabalho, excesso de comunicação, excesso de sociabilidade.
Só o que falta, pra poder viver tudo isso, é TEMPO.
Quem já não parou para pensar em quanto tempo é gasto assistindo a filmes superficiais ou a comerciais inúteis, visitando parentes distantes ou indo a festas com pessoas que não nos acrescentam nada, fazendo cursos sobre assuntos que não nos dizem respeito ou comprando pilhas de revistas que nem mesmo são lidas? Isso sem falar na avalanche diária de e-mails, telefonemas, reuniões, compromissos sociais e "pepinos" dos mais diversos?
É por tudo isso que os cursos de Gestão do Tempo têm proliferado na internet e nas escolas de administração e negócios. Os executivos, mais do que ninguém, têm sofrido a sobrecarga de estímulos da pós-modernidade e não sabem o que fazer com ela.
No entanto, a grande maioria desses cursos aponta para um "primeiro passo" que é muito significativo. A primeira coisa a fazer para se organizar é estabelecer PRIORIDADES (há uma "experiência" bastante famosa para entender melhor esse conceito, confira aqui).
Isso significa, basicamente, que temos que rejeitar toda uma série de coisas se quisermos "realmente" fazer aquilo que nos interessa mais. O "realmente" vai entre aspas porque, de acordo com nossa experiência como gestores, é aí que mora o problema.
Aos executivos que se deparam com problemas de organização e gestão do tempo, normalmente é pedido que façam uma lista de prioridades. As listas, de uma maneira geral, estabelecem família, cônjuges, amigos e aperfeiçoamento pessoal como prioridades. Ou seja, coisas com as quais todos nós "gostaríamos" de gastar o maior tempo possível. No entanto, não é isso o que acontece na realidade.
Antes, no entanto, de fazer todo um planejamento (segundo passo) baseado nas prioridades listadas, é preciso parar um pouco pra pensar. Pensar se realmente aquelas prioridades são verdadeiras, se não as colocamos ali porque "gostaríamos" que fosse assim. Por exemplo, não adianta colocar "passar mais tempo com a família" como prioridade se, lá no fundo, você prefere mesmo ficar navegando na internet ou vendo filmes de luta até de madrugada. Por melhor que seja a boa intenção, ao fim de um par de semanas, o planejamento já foi por água abaixo, porque você acabará dando um jeito de "boicotar" a festa de 15 anos da sua sobrinha para assistir aos últimos lançamentos de ação.
Isso porque qualquer planejamento baseado em uma lista de prioridades "falsa" tende ao fracasso. Se você quer ter mais tempo para fazer o que gosta, é bom ser honesto nessa hora de estabelecer prioridades. Caso contrário, você mesmo vai empurrar seu planejamento gaveta abaixo, junto com todos os outros planos que você já arquitetou.
É bom pensar também que nossas atitudes ATUAIS já dizem muito sobre o que realmente queremos. Se você compromete relacionamentos para varar as noites estudando, ou se trabalha até mais tarde para conseguir aquele cargo tão almejado, é porque você TEM essas coisas como prioridades, e não outras.
Muito antes de tentar organizar os minutos e segundos do seu dia, é bom começar a enxergar melhor seus desejos, suas aspirações, suas afinidades. E ficar de bem com elas, não importa o que diga o resto do mundo ou os manuais de auto-ajuda. Se isso não for feito, o resultado será muita frustração, muito tempo perdido fazendo o que (no fundo) não se quer e ainda mais frustração de sobremesa.
Portanto, como primeiro passo, seja verdadeiro com suas prioridades, e o tempo correrá a seu favor!
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E se você quer mais dicas e reflexões sobre esse tema, confira o site http://www.vocecommaistempo.com.br.
O site traz dicas preciosas, testes, artigos, blogs, fóruns, tudo sobre esse que é um dos nossos bens mais preciosos.
Confira também o artigo de Ernesto Artur sobre o tema: Gestão do Tempo: como alavancar sua produtividade diária.

Artigos sobre negócios e gestão

Gosta de artigos sobre administração, negócios, empreendedorismo, liderança, gestão?

Então acesse o link: http://www.administradores.com.br/conteudo.jsp?pagina=colunistas

Os artigos são muito bem escritos e os temas são muito interessantes! Comentaremos alguns deles aqui.

05/09/2007

Como ter sucesso no desenvolvimento de projetos de TI - Parte II: Gerência de Projetos

Para desenvolver projetos de Tecnologia da Informação com sucesso, como já vimos no primeiro post desta série, é importante que todas as etapas sejam planejadas e desenvolvidas de acordo com regras precisas e claras, preferencialmente ligadas a algum modelo de qualidade, como o CMMI.
Estamos abordando aqui, como se sabe, as regras propostas pelo MPS.BR, o programa para melhoria de processo do software brasileiro, que é, na nossa opinião, mais adaptado à realidade do nosso país.
No post anterior, falamos sobre Gerência de Requisitos (GRE). Hoje falaremos um pouco mais sobre a Gerência de Projetos (GPR).
O própósito da Gerência de Projetos é, como o nome já diz, gerenciar tudo o que for relativo a cada projeto de desenvolvimento de um software. Por "tudo", entenda-se os planos que definem as atividades que serão necessárias para que ele se concretize, os recursos disponíveis e os por conseguir, as responsabilidades do projeto, entre outras coisas.
Além de tudo isso, a Gerência de Projetos deve reunir e disponibilizar todas as informações relacionadas ao projeto e ao seu andamento. Essas informações permitirão fazer correções se houver problemas no desempenho.
Como o MPS-BR é um modelo hierárquico, as exigências são propostas de acordo com o nível de maturidade que a empresa quer atingir. Assim, a Gerência de Projetos dos primeiros níveis faz exigências mais estruturais, mais básicas, enquanto a Gerência de Projetos dos níveis mais altos exige monitoração e planejamento mais apurados, mais complexos, voltados para empresas mais amadurecidas.
Mas falemos um pouco dessas exigências "estruturais", imprescindíveis para que qualquer projeto de desenvolvimento de software dê certo. Ou seja, falemos das regras para o primeiro nível de maturidade a ser alcançado: o nível G - Parcialmente Gerenciado.
Portanto, para que sua empresa seja considerada "Parcialmente Gerenciada", ela precisa obedecer às seguintes exigências:
  • O escopo de trabalho para o projeto deve estar bem definido.
  • As tarefas e os produtos de trabalho do projeto devem ser bem dimensionados, utilizando métodos apropriados para isso.
  • O modelo e as fases do ciclo de vida do projeto devem ser definidos.
  • O esforço e o custo para a execução das tarefas e dos produtos de trabalho devem ser estimados (via dados históricos ou referências técnicas).
  • O orçamento e o cronograma do projeto, incluindo marcos e/ou pontos de controle, devem ser estabelecidos e mantidos.
  • Os riscos do projeto devem ser identificados, bem como seu possível impacto, probabilidade de ocorrência e prioridade de tratamento.
  • Os recursos humanos para o projeto devem ser planejados de acordo com seu perfil e conhecimento.
  • As tarefas, os recursos e o ambiente de trabalho necessários para executar o projeto devem ser bem planejados.
  • Os dados relevantes do projeto devem ser identificados e planejados quanto à forma de coleta, armazenamento e distribuição.
  • Todos os planos para a execução do projeto devem ser estabelecidos e reunidos no "Plano do Projeto".
  • Depois de pronto o Plano de Projeto, deve ser avaliada a viabilidade das metas estabelecidas, de acordo com os recursos disponíveis e possíveis restrições. Se necessário, ajustes devem ser feitos nessa etapa.
  • O Plano de Projeto deve ser revisado por todos os interessados. Depois das revisões feitas, o compromisso entre as partes deve ser firmado.
  • O progresso do projeto deve ser monitorado com relação ao estabelecido no Plano do Projeto e os resultados devem ser documentados.
  • O envolvimento das partes interessadas no projeto também deve ser documentado e gerenciado.
  • Revisões devem ser feitas nos marcos do projeto e conforme estabelecido no planejamento.
  • Registros de problemas identificados e o resultado da análise de questões pertinentes, incluindo dependências críticas, devem ser estabelecidos e tratados com as partes interessadas.
  • Ações para corrigir desvios em relação ao planejado e para prevenir a repetição dos problemas identificados devem ser estabelecidas, implementadas e acompanhadas até a sua conclusão.

Vale lembrar que todas essas regras valem para cada um dos projetos tocados pela empresa. Parece muita coisa, mas com uma boa ferramenta de planejamento e muita organização, é possível cumprir todas essas etapas com relativa tranquilidade. Claro que problemas ocorrem, mas é por isso mesmo que o planejamento determina pontos de "parada", para que se possa avaliar o ritmo e os destinos do projeto, e fazer modificações, se for o caso.

É importante destacar, para os que não gostam de "organização" e preferem fazer as coisas "intuitivamente", que o planejamento e o controle permitem fazer as coisas sempre do mesmo jeito, e como a MESMA QUALIDADE. Ou seja, não acontece de um cliente ter um ótimo sistema, funcionando muito bem, e outro cliente ter um sistema semelhante, mas que apresenta erros (causados por uma mudança repentina nos recursos humanos, como é comum acontecer). Enfim, o padrão de qualidade se mantém, os clientes ficam satisfeitos e a empresa cresce.
Muitas pessoas pensam que o excesso de planejamento e controle engessa a criatividade, mas parece-nos que é justamente o contrário. Quando não há planejamento, perde-se muito tempo corrigindo erros, apagando incêndios, pedindo "desculpas" ao cliente. Tempo que poderia ser utilizado, logo se vê, criando coisas novas, fazendo implementações inovadoras, testando sugestões de melhoras de usuários e planejadores, enfim, melhorando o que já estava bom.
Para Refletir: Quantos projetos já não pecaram por falta de organização, planejamento, acompanhamento? No mundo competitivo em que vivemos, ainda há espaço para esse tipo de conduta?