- Um conselho de líderes de inovação, que planeja a estratégia e ajuda a alinhar os outros líderes das inúmeras subdivisões da J&J com os objetivos de inovação da empresa.
- Uma comunidade de práticas, que reúne as melhores práticas inovadoras e modelos vindos de todas as áreas da companhia e permite compartilhar esse conhecimento.
- Treinamento em inovação, que permite que os líderes viabilizem os projetos de inovação.
- Objetivos e métricas de inovação, que estão desenhados para alinhar os esforços de inovação da companhia com os objetivos corporativos mais gerais.
Quando perguntado sobre o que inspirou o desenvolvimento desse mapa, LaMonte explicou que ele foi o resultado do trabalho de um grupo de líderes de inovação vindos de várias divisões da companhia, que se reuniram para compartilhar insights e planejar uma estratégia de inovação que estivesse de acordo com as necessidades da J&J.
Quando foram abordadas questões como cultura corporativa e inovação, LaMonte indicou que os líderes de inovação da J&J não têm medo de se perguntar coisas como:
- Que tipo de cultura nós queremos?
- Os meus colegas têm a permissão, os recursos e o suporte que precisam para serem inovadores?
- Que comportamentos e mecanismos de reforço precisam ser estimulados para que a inovação floresça?
- Os executivos e gestores dão suporte ativo às novas idéias e encorajam seus colegas a experimentar?
LaMonte identificou ainda um certo número de desafios que a J&J enfrentou quando ampliou seu compromisso com a inovação. Eles são comuns a muitas outras companhias:
- Separar tempo para pensar e refletir enquanto outras prioridades do negócio estão sendo trabalhadas. Através de treinamentos, desenvolver as habilidades necessárias para que os empregados sejam capazes de reconhecer estímulos externos relevantes, trazê-los para a companhia e determinar como melhor alavancá-los para produzir valor.
- Assegurar que os membros certos do time tenham quantidade suficiente de tempo para impulsionar a inovação. LaMonte indicou que o setor de inovação da J&J delibera muito quando vai selecionar líderes para novos projetos de inovação. Um executivo sênior que está conduzindo uma divisão multi-milionária provavelmente não é a pessoa certa para liderar a incubação de um novo produto, por exemplo. A empresa procura empregados que têm o desejo de serem líderes de inovação (ao invés de tentar forçar alguém a se adaptar a essa função), providenciando as ferramentas e treinamento necessários para o seu sucesso. Essas pessoas, então, podem se tornar evangelizadoras, ajudando a conduzir o modelo de inovação da J&J através dessa imensa e descentralizada organização.
- Deixar as pessoas mais confortáveis diante do risco, tomando-o como um desafio. A maioria dos gerentes e executivos gasta boa parte de suas carreiras evitando o risco. Os líderes de inovação da J&J são treinados para abraçar e gerenciar o risco, através da experimentação e de modelos de “teste-e-aprenda”.
- Finalmente, é um desafio permanente manter a força necessária para manter a inovação na escala de valores da companhia, já que ela sempre estará competindo por tempo e atenção com outros desafios do cotidiano empresarial.
Pelo visto, parece que a J&J tem empreendido o esforço necessário para desenvolver e sustentar a inovação em escala global. LaMonte enfatizou ainda que a companhia ainda tem um longo caminho pela frente, mas o caminho é claro, porque as peças certas estão nos lugares certos. E o mais importante, de acordo com ele, é que a Johnson & Johnson tem uma longa história de “amor pela mudança”, e isso trabalha em seu favor, sem dúvida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário