Foto do Recebimento da Placa de Certificação MPS.BRHá cerca de cinco anos, a Quantum ampliou sua atuação no segmento siderúrgico. Com o apoio da Sociedade Mineira de Software - Fumsoft, desenvolveu dois grandes projetos ligados a essa nova área. “Com o financiamento e os projetos aprovados, conseguimos proporcionar tal qualidade aos softwares que temos uma melhor competitividade no mercado siderúrgico”, explica Tércio Barros, Diretor Quantum responsável pela área de Consultoria.
Os dois projetos, aprovados com a parceria da Fumsoft, possuem características altamente inovadoras, fato que ocasionou a criação de uma área de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) na Quantum. Essa área de desenvolvimento de projetos conta com a cultura agregada dos consultores da Fumsoft.
Segundo Tércio Barros, a Fumsoft auxiliou em toda a composição dos sistemas, já que, por trabalhar sempre com recursos próprios, a empresa não tinha experiência na busca por financiamento. “Com sua equipe de consultores, a Fumsoft nos ajudou a equilibrar a montagem do projeto. Acredito que foi graças ao seu pessoal que conseguimos o sucesso e a aprovação em dois projetos, dos quatro que apresentamos”, acrescenta.
Atualmente, a Qauntum mantém a parceria com a Fumsoft, que sempre dá o apoio necessário, seja na captação de recursos ou na elaboração de planos de projetos.
O Projeto Sistema de Gestão da Produção e Entrada de Carvão
O primeiro projeto consistiu em um software especialista no gerenciamento do processo de entrada do carvão vegetal em usinas siderúrgicas, bem como seu consumo e controle do processo de produção. “Foi um projeto voltado para o controle de carvão, onde o nosso grande objetivo era ajudar o controle fiscal desse carvão, junto como Instituto Estadual de Florestas (IEF), de modo que pudéssemos, através das guias de desmatamento, manter o controle do desmatamento dentro do permitido numa determinada floresta de eucalipto”, conta Barros. Atualmente, o IEF utiliza-se de alguns softwares e dos relatórios produzidos a partir do que a Quantum desenvolveu.
Tércio Barros explica que, quando se faz um processo de plantação de eucalipto com o objetivo de transforma-lo em carvão, o IEF determina qual o percentual de área que pode ser desmatado e o que deve ser feito daquele carvão. “Todas as etapas, do plantio até a colheita e a transformação em carvão, são controladas pelo sistema, evitando-se plantar uma determinada área e, de repente, retirar uma quantidade de carvão muito superior do que aquela área poderia produzir”, acrescenta.
Benefícios do Sistema de Gestão da Produção e Entrada de Carvão
O projeto trouxe consigo uma série de benefícios ambientais e sócio-econômicos. A verificação fiscal torna-se mais eficaz, uma vez que os documentos exigidos são emitidos pelo próprio sistema, aumentando o controle sobre o processo de entrada do carvão e reduzindo o número de erros, de tempo requerido e de custos. Com a utilização do sistema, a fiscalização da qualidade do carvão é viabilizada, o que possibilita uma melhora no consumo e na produtividade da siderúrgica. Além disso, é proporcionada maior adequação e cumprimento da legislação ambiental e fiscal e maior agilidade no fornecimento de informações por parte das siderúrgicas, o que potencializa a satisfação dos clientes com a entrega de produtos que atendem às especificações tal como foram solicitadas.
O projeto Sistema Integrado de Produção e Venda de Ferro Gusa
O outro projeto de Tecnologia da Informação desenvolvido em parceria com a Fumsoft foi um software analítico de gestão da cadeia de produção do Ferro Gusa. O sistema foi criado para o controle do processo produtivo e os estoques das usinas siderúrgicas que não poderiam ser realizados por softwares comuns de gerenciamento. O projeto abrange não só a matéria-prima do minério e do carvão, mas, também, o planejamento da produção, as vendas e a expedição, levando em consideração as características físico-químicas do produto, sendo este o seu grande diferencial.
O diretor da área de consultoria conta que, dentro do controle de produção do Gusa, o maior destaque que a Quantum obteve no desenvolvimento do software foi o modo como o ferro é comercializado. “Compra-se uma especificação de Gusa, com determinado teor de manganês, de silício, e nosso sistema ajuda a identificar esse produto no estoque do minério de ferro, enquanto matéria prima”, explica. Além disso, Barros argumenta que, quando um cliente pede um tipo de ferro mais específico, normalmente ele está disposto a pagar mais pela especificidade em função do grau de dificuldade da produção. “Ao mesmo tempo, é possível ter um preço mais baixo em Gusa com especificação de menor quantidade. Pode-se afirmar que o sistema ajuda a viabilizar o atendimento à necessidade de determinado cliente para um uso específico do Gusa”, afirma.
Os benefícios do Sistema Integrado de Produção e Venda de Ferro Gusa
Dentre os benefícios proporcionados pelo projeto, estão a diminuição do desperdício de estoques e a elevação do reconhecimento, por parte do cliente final, da qualidade dos produtos oferecidos. Através do sistema, os custos operacionais de controle são reduzidos, a fiscalização de produção e estoque é agilizada, a emissão de notas fiscais de vendas é potencializada e evita-se que os veículos responsáveis pelo transporte trafeguem pelas estradas com peso acima do permitido. Além disso, com a garantia da precisão e redução das zonas das características físico-químicas dos produtos fabricados e vendidos, viabiliza-se maior competitividade entre as siderúrgicas do estado de Minas Gerais.
Além da parceria com a Fumsoft, a Quantum contou com o apoio da Plantar Siderúrgica S.A., que atua nos mercados brasileiros e internacionais produzindo ferro gusa de alta qualidade, e a auxiliou no desenvolvimento do projeto e no know how, que é o conhecimento de como executar alguma tarefa. “A Plantar é uma empresa muito respeitada por preservar o meio ambiente e manter a qualidade do seu produto”, acrescenta Barros.
Certificação de qualidade em Software – MPS.BR
Através do apoio da equipe do CCOMP.MG, da Fumsoft, a Quantum obteve o Certificado da Melhoria de Processos do Software Brasileiro (MPS.BR), que consiste basicamente em um modelo de qualidade de processo baseado no Capability Maturity Model Integration (CMMI), mas adaptado à realidade brasileira e com custo extremamente inferior ao modelo americano. De acordo com Tércio Barros, esse foi um ‘divisor de águas’. “Desejamos galgar um outro nível, disseminar a cultura do MPS.BR do setor de implantação de software para outras áreas, como a de consultoria. Além disso, queremos a definição dos projetos de qualidade não só nos desenvolvimento do software, mas também na implantação”, explica.
Case publicado na revista Os Ouros de Minas na História, da Fumsoft, que divulga os projetos apoiados pela Fumsoft desde a sua fundação.
