13/09/2007

Gestão do Tempo - o problema da prioridade

Nosso mundo é um mundo de excessos. Excesso de informação, excesso de entretenimento, excesso de trabalho, excesso de comunicação, excesso de sociabilidade.
Só o que falta, pra poder viver tudo isso, é TEMPO.
Quem já não parou para pensar em quanto tempo é gasto assistindo a filmes superficiais ou a comerciais inúteis, visitando parentes distantes ou indo a festas com pessoas que não nos acrescentam nada, fazendo cursos sobre assuntos que não nos dizem respeito ou comprando pilhas de revistas que nem mesmo são lidas? Isso sem falar na avalanche diária de e-mails, telefonemas, reuniões, compromissos sociais e "pepinos" dos mais diversos?
É por tudo isso que os cursos de Gestão do Tempo têm proliferado na internet e nas escolas de administração e negócios. Os executivos, mais do que ninguém, têm sofrido a sobrecarga de estímulos da pós-modernidade e não sabem o que fazer com ela.
No entanto, a grande maioria desses cursos aponta para um "primeiro passo" que é muito significativo. A primeira coisa a fazer para se organizar é estabelecer PRIORIDADES (há uma "experiência" bastante famosa para entender melhor esse conceito, confira aqui).
Isso significa, basicamente, que temos que rejeitar toda uma série de coisas se quisermos "realmente" fazer aquilo que nos interessa mais. O "realmente" vai entre aspas porque, de acordo com nossa experiência como gestores, é aí que mora o problema.
Aos executivos que se deparam com problemas de organização e gestão do tempo, normalmente é pedido que façam uma lista de prioridades. As listas, de uma maneira geral, estabelecem família, cônjuges, amigos e aperfeiçoamento pessoal como prioridades. Ou seja, coisas com as quais todos nós "gostaríamos" de gastar o maior tempo possível. No entanto, não é isso o que acontece na realidade.
Antes, no entanto, de fazer todo um planejamento (segundo passo) baseado nas prioridades listadas, é preciso parar um pouco pra pensar. Pensar se realmente aquelas prioridades são verdadeiras, se não as colocamos ali porque "gostaríamos" que fosse assim. Por exemplo, não adianta colocar "passar mais tempo com a família" como prioridade se, lá no fundo, você prefere mesmo ficar navegando na internet ou vendo filmes de luta até de madrugada. Por melhor que seja a boa intenção, ao fim de um par de semanas, o planejamento já foi por água abaixo, porque você acabará dando um jeito de "boicotar" a festa de 15 anos da sua sobrinha para assistir aos últimos lançamentos de ação.
Isso porque qualquer planejamento baseado em uma lista de prioridades "falsa" tende ao fracasso. Se você quer ter mais tempo para fazer o que gosta, é bom ser honesto nessa hora de estabelecer prioridades. Caso contrário, você mesmo vai empurrar seu planejamento gaveta abaixo, junto com todos os outros planos que você já arquitetou.
É bom pensar também que nossas atitudes ATUAIS já dizem muito sobre o que realmente queremos. Se você compromete relacionamentos para varar as noites estudando, ou se trabalha até mais tarde para conseguir aquele cargo tão almejado, é porque você TEM essas coisas como prioridades, e não outras.
Muito antes de tentar organizar os minutos e segundos do seu dia, é bom começar a enxergar melhor seus desejos, suas aspirações, suas afinidades. E ficar de bem com elas, não importa o que diga o resto do mundo ou os manuais de auto-ajuda. Se isso não for feito, o resultado será muita frustração, muito tempo perdido fazendo o que (no fundo) não se quer e ainda mais frustração de sobremesa.
Portanto, como primeiro passo, seja verdadeiro com suas prioridades, e o tempo correrá a seu favor!
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Confira também o artigo de Ernesto Artur sobre o tema: Gestão do Tempo: como alavancar sua produtividade diária.

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